terça-feira, 18 de agosto de 2009

Conhecendo nossas adversárias da sub-17 - Parte 2.


Foram apenas duas partidas, mas, segundo o técnico Aldo Machado Jr., as mais difíceis de um campeonato: estréia e final. A seleção do Espírito Santo estreou no 33º Campeonato Brasileiro – Grupo 4 (Sul/Sudeste), disputado em Varginha (MG), na sexta-feira (3), contra o Rio Grande do Sul. As duas seleções ainda sentiam o peso de um primeiro jogo e o placar ficou em 45 a 30 para as capixabas. No domingo, mais ambientadas, enfrentaram Minas Gerais, donas da casa, que chegaram a abrir 16 a 4. Aldo pôs em prática o forte sistema defensivo e, com a ajuda da cestinha Ana Carla Barbosa, o placar virou a favor das visitantes: 28 a 19 no primeiro quarto. A marcação fez efeito no restante da partida, que terminou em 76 a 72 para o Espírito Santo.



Além do título, a seleção conquistou a vaga na Divisão Especial da categoria, que será disputada em outubro, em São Paulo.



— Eu sempre tive confiança na minha equipe, mas sabia das dificuldades. Nos últimos anos, as equipes do Espírito Santo têm ficado de fora da Divisão Especial. Além disso, fomos com uma seleção muito jovem. Apenas quatro meninas estão com 17 anos e cinco delas são da sub-15. Respeito muito os adversários, mas nosso sistema defensivo é bastante confiável. Não foi uma conquista fácil. O jogo contra Minas Gerais foi duro. As atletas são altas, algumas jogam em São Paulo, e vieram avassaladoras para cima de nós. Conseguimos virar ainda no primeiro período — contou Aldo.



Um dos trunfos do treinador foi a canhota Ana Carla Barbosa, que foi a cestinha da partida (29 pontos) e da competição (46pts). De apenas 15 anos, Ana Carla não esperava pontuar mais que as colegas de equipe.



— No time, há meninas que normalmente marcam mais pontos do que eu. Não esperava ser cestinha. Agradeço ao meu grupo pelos bons passes e pelo contra-ataque. Ser canhota é um recurso, pois dificulta o trabalho das jogadoras que me marcam. Agora, temos que nos esforçar para fazer bonito na Divisão Especial. Temos grandes chances de chegar lá e bater de frente com as equipes fortes — disse a ala/armadora, que joga basquete há apenas dois anos.



O treinador elogia a atuação da menina, mas lembra que o desenvolvimento do lado direito também é importante para que Ana Carla se torne uma atleta mais completa.



— É uma jogadora que, a cada dia, aumenta seu volume de jogo. Ela está treinando bastante o lado direito também. Será uma vantagem poder acionar os dois lados. Ela ainda tem bom arremesso de três, sabe dar assistências. Trabalhando o lado direito, terá domínio de todos os fundamentos.

Campanha
Rio Grande do Sul 30 x 45 Espírito Santo
Espírito Santo 76 x 72 Minas Gerais

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