quinta-feira, 28 de julho de 2011

Por que não ela ?!


Uma das lendas do nosso basquete está esquecida e guardada em matérias antigas de vários jornais (alguns não existem mais e os que estão em atividade não abrem tanto espaço assim para nossa modalidade). A pergunta é: Por que? Por que não ela?

Neta de italianos, Maria Helena Cardoso se inspirou nas três irmãs que jogavam basquete - uma delas pivô da Seleção Brasileira - para ingressar no esporte. Atuou também como pivô, mas fazia a posição de ala. Sua trajetória como jogadora também a levou à seleção, onde permaneceu durante 16 anos, oito como reserva e oito como titular. Conquistou o título pan-americano em Cáli, Colômbia, em 71, e o bronze no Mundial de São Paulo, no mesmo ano, entre outros títulos. Jogou por quase 20 anos no XV de Piracicaba, onde também começou a carreira de técnica. Formada em Educação Física, a treinadora iniciou trabalhando com crianças nas escolas e participando de campeonatos regionais. Seu primeiro contato com uma equipe adulta aconteceu em 84, com a Unimep. Dirigiu a Seleção Brasileira entre 86 e 92, vivendo momentos de glória, como a medalha de ouro nos Jogos Pan-Americanos de Havana (91).
Títulos (como jogadora): Medalha de ouro nos Jogos Pan-Americanos de Cali (71); bronze no Mundial de São Paulo (71); cinco vezes campeã sul-americana.
Títulos (como treinadora): Medalha de ouro nos Jogos Pan-Americanos de Havana (91); prata nos Jogos Pan-Americanos de Indianápolis (87); bronze nos Jogos da Amizade (Moscou/86); tricampeã mundial de clubes (93/94 e 98); tetracampeã sul-americana (86/87/89 e 91); hexacampeã da Taça Brasil e octacampeã paulista; campeã carioca (2000), campeã brasileira (2001).

Será que Maria Helena não serve para ajudar a alavancar novamente a nossa modalidade? Só pode ser piada!

Um dia como as pessoas costumam dizer:"Ela foi descansar,foi encontrar com Deus".Vai ter um carnaval armado. Vão querer colocar a bandeira do Brasil, presidente da entidade máxima da nossa modalidade, diversos atletas vão dizer diante das câmeras: "Ela foi incrível, uma heroína e etc.", chega a ser ridículo.

Esse é o Brasil, que vive de talentos esporádicos. Vive de Cielo, Guga, da própria dupla Hortência-Paula, Daine dos Santos,Jadel Gregório, enfim enquanto os países "grandes" fabricam um monte de talentos por modalidade e com isso marcam seus nomes no cenário internacional, nós comemoramos o Pan da geração do Oscar. Poucas pessoas falam do mundial feminino conquistado em 94, prata em Atlanta e bronze na Austrália.

A preocupação é com masculino que desde 96 não tem um resultado que mereça destaque, que sempre tem apoio, enquanto o feminino fica lutando contra seu estado agonizante.

Temos agora um curso de capacitação de técnicos, um campeonato que não é gerenciado pela CBB, enfim uma tentativa para mantermos o "basquete de calcinha" que por sinal, segurou o BASQUETE NACIONAL durante muito tempo e nunca recebeu seu devido valor.

Tudo bem que infelizmente o mundo é movido a políticas, trocas de favores, técnicos que pela frente apertam a mão do colega de profissão e pelas costas detonam o sujeito,que ficam dando de Eunice (personagem de uma das novelas globais)"pagando pau" para quem está por cima para ver se sobra alguma migalha. Porém, nesse momento de reconstrução, creio eu que ela seria muito útil.

Será que a culpa é só da CBB? Claro que não! Uma vez que a própria classe de técnicos não é unida...São muitos ingredientes novos para um bolo solado.

Obrigado a todos que lutam pelo basquete feminino, que por sinal foi vendo pela emissora Bandeirantes com 10 anos de idade, que comecei a gostar da modalidade.

Acabei de lembrar que torcia para o time da Paula e da Karina Rodrigues (risos)

5 comentários:

Lalazita disse...

muito legal maneium dia nossa modalidade será reconhecida

Anônimo disse...

Sem me alongar, a história tem, como a moeda, dois lados....cada um analisa pelo que mais valoriza, valoriza de VALOR.
Sem mais comentários.

Anônimo disse...

ainda lembro da geraçao paula/hortencia e outras mais. Nos jogos durante as olimpiadas cansei de ver os jogadores da equipe masculina (oscar entre eles) na torcida como reles mortais delirando com as jogadas das moças.

andre bortoletto disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
andre bortoletto disse...

maria helena é minha tia, é um grande orgulho ter ela como minha tia.
ela conta suas historia mais marcantes e guarda com muito amor sua medalhas conquistadas em campeonatos importantes